Não poderia deixar passar este dia em vão. Hoje é o dia dos cabeleireiros à pinha, das sapatarias à pinha (para as que não encontram os sapatos ideais), das lojas de roupa à pinha, dos hipermercados à pinha (para comprar os últimos doces), do trânsito de cortar à faca... Hoje é o último dia do ano para fazer tanta coisa!
Na verdade, todos vimos mensagens nas redes sociais a dizer "Feliz Ano Novo", "Elimina os teus inimigos em 2014, sê mais feliz", "Escolhe um novo rumo para ti em 2014" etc etc etc. É a altura de promessas! Cá eu, na minha pele, não quero eliminar NADA do meu "macabro" 2013: vivi muito, chorei, sorri, passei grandes momentos, discuti, torci pelo Benfica, fiz muita asneirada e acima de tudo, APRENDI. Em 2014, provavelmente será mais do mesmo.
Para 2014, não quero eliminar aqueles que me julgam, pois até esses pequenos abutres me fazem falta; não quero seguir o caminho da felicidade, pois esse nem sempre é o necessário na altura (não julguem que sou feliz a matar-me a estudar para os exames) ; não quero ser a melhor, mas farei por isso (como sempre); não prometo nada que não possa cumprir. A única coisa que posso prometer é que irei dançar muito, dar muito de mim (nunca dou pouco), e estar sempre bem para o mundo. Tenho de me desviar um bocadinho: amigos, ninguém quer saber se tiveram desilusões amorosas, ninguém quer saber se são submissos e simplesmente se remetem ao "vai indo tudo mais ou menos". Acordem, possas! Tem de estar sempre tudo bem para o resto, façam-se homens e mulheres, encarem as situações de frente e amarrem o touro pelos cornos; não se lamentem que a gente cansa-se rápido dos coitadinhos. Não quero com isto dizer que não devem de ser transparentes, mas não se acomodem apenas para que tenham pena. Não tenham medo de pedir ajuda, pois ninguém vive sozinho e feliz. Mas pela vossa dignidade, não se lamentem porque X não vos liga ou porque Y vos chamou de falsos. Em vez de prometerem eliminar esses inimigos, prometam sim "atormentá-los" e sorriam-lhes, desejem-lhes uma vida boa, o karma encarrega-se do resto!
E concluindo, na minha perspectiva: um excelente 2014, cheio das coisas boas de 2013, com coisas novas de 2014 e com coisas más já anteriores, que servirão de muito para a vossa construção enquanto pessoas. Novos problemas virão, ajam agora com mais um ano às costas, com espírito crítico e fiel à vossa essência!
Um bom ano para todos, até para os meus queridos abutres, pois águas passadas não movem moinhos, e "façam o favor de ser felizes"!
Despeço-me, que tenho de ir comprar os meus sapatos ;)
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
From your Sister, with Love

Hoje passaram 19 anos desde que uma grande mulher nasceu à face da Terra.
Retrocedendo um bocadinho... Há três anos que vivo em Aveiro, onde estou a tirar o meu curso superior, e há dois anos que uma menina, pequenina quando chegou, me acompanha nesta jornada, a nossa "Caloira".
A Caloira é aquela menina de risada fácil, de energia à flor da pele, e de lágrima no canto do olho em qualquer situação de nervosismo. É frágil e forte.
A ela, dedico todo este texto, pois sem ela, não ultrapassaria metade das coisas que este ano (e que ano macabro) me surgiram. Com um abraço terno, com uma dança nas aulas de Zumba, alegrou grande parte dos meus dias. Por ela, corria mundos e fundos, p'ra não ver a criança pequenina nascer de novo, sempre que o mundo era cruel com ela.
A Caloira, é aquela criatura que é despistada, que se esquece de desligar as torneiras, apagar as luzes e patinha a cozinha quando passo a esfregona. É aquela moça inteligente como nunca vi, com uma dedicação impressionante e com o coração mais puro que já vi na minha curta existência. De facto, torna-se uma necessidade poder cuidar dela, para que com isso, inconscientemente, ela cuide de mim. Parceira de casa e de vida, Benfiquista de coração (arrisco em dizer que é uma das suas maiores qualidades), amiga de corpo em alma, e... está de parabéns. Cria-se mulher a cada dia que passa e os 19 aninhos não lhe fazem jus. É madura, é toda ela uma Mulher de Armas, escondida no risinho de criança e no olhar meigo.
Caloira Nonó, felicito-te do fundo do meu coração, com todo aquele mimo que nos caracteriza, e com um "OBRIGADA" por fazeres parte da minha história. Tens um lugar em mim muito particular, meu amor!
Um "amo-te" verdadeiro não chega para descrever aquilo que és na minha Vida! Aproveita o dia, e BEM-VINDA ao resto da tua vida.
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Sozinha de Bengala
Tenho dois grandes medos na vida: a velhice e a solidão!
Não anseio uma longa vida, nem sou das que diz "quero só os mais próximos junto de mim". Porém, prefiro ter uma vida mais curta mas rodeada de gente que me ama, de gente agradável no meu quotidiano. Gosto de casa cheia, de risos atropelados, de carinhos entre todos, de proteção contínua, gosto de tacto e de conseguir abraçar com força e vivacidade.
É de facto avassalador, saber para onde todos caminhamos e ficarmos "preparados" para perdas, seguindo a Lei da Vida. Acontece que sou fraca nessa perspectiva, e infelizmente, sei que não suportarei na totalidade, certas perdas, certos afastamentos e ainda funcionalidades do meu próprio corpo. Tenho fobia à velhice, é verdade: imaginar-me de bengala, a descer as escadas de lado, não conseguir dançar, atormenta-me até me criar um arrepio na coluna. E passar por isso sozinha? Bem, isso tornar-me-á já numa "meia-morta" e p'ra isso não vale a pena sequer lutar. É o meu ponto de vista e até aceito que não concordem, mas tais fraquezas do meu corpo nunca serão suportadas de forma saudável pela minha mente.
Por isso aqui fica: não quero viver para sempre porque (e retirando esta passagem em INGLÊS dum filme muito conhecido-sobre o qual não opino- alvo de muitas críticas) "If you can live forever, what do you live for?"
Não anseio uma longa vida, nem sou das que diz "quero só os mais próximos junto de mim". Porém, prefiro ter uma vida mais curta mas rodeada de gente que me ama, de gente agradável no meu quotidiano. Gosto de casa cheia, de risos atropelados, de carinhos entre todos, de proteção contínua, gosto de tacto e de conseguir abraçar com força e vivacidade.
É de facto avassalador, saber para onde todos caminhamos e ficarmos "preparados" para perdas, seguindo a Lei da Vida. Acontece que sou fraca nessa perspectiva, e infelizmente, sei que não suportarei na totalidade, certas perdas, certos afastamentos e ainda funcionalidades do meu próprio corpo. Tenho fobia à velhice, é verdade: imaginar-me de bengala, a descer as escadas de lado, não conseguir dançar, atormenta-me até me criar um arrepio na coluna. E passar por isso sozinha? Bem, isso tornar-me-á já numa "meia-morta" e p'ra isso não vale a pena sequer lutar. É o meu ponto de vista e até aceito que não concordem, mas tais fraquezas do meu corpo nunca serão suportadas de forma saudável pela minha mente.
Por isso aqui fica: não quero viver para sempre porque (e retirando esta passagem em INGLÊS dum filme muito conhecido-sobre o qual não opino- alvo de muitas críticas) "If you can live forever, what do you live for?"
domingo, 8 de dezembro de 2013
Dietas de Chocolate
Um dos meus grandes problemas: as dietas.
Quem me conhece, ou até sabe quem sou, sabe a maníaca que sou por dietas. Amigas, padeço do que muitas de vocês padecem: da genética. Não sou magra por genes, infelizmente. A forma que tenho, e que não é a que desejo, é com muito esforço que a consigo. Tenho uma deficiência qualquer, que me tira do sério: um bolo que coma, acho que significam engordar 20 kg; um treino no ginásio que falte, acho que faz com que a minha flacidez retorne toda.
Para mim, abolia-se a celulite, a gordura, o excesso de peso: só dá trabalho, e exige sacrifícios. Porque, a meu ver, meus caros, nada melhor do que comer o que bem nos apetece e não engordar um grama. Já que não consigo, por magia, ser magra, abolia-se a capacidade de comer e não engordar! Não é justo! Todos temos essa amiga: que come que nem um rinoceronte, e é magra magra magra. INVEJA, é o que vos tenho!
E agora, sendo um bocadinho mais séria, e para todos aqueles que me apontam o dedo por comer de forma correta, e fazer exercício q.b: Colegas, não entendo a necessidade de me dizerem que o fato de não comer hidratos de carbono a partir das 15h é um radicalismo, e que bebo demasiados chás e água? E que é uma estupidez querer tanto ir ao ginásio? Então ser saudável é estúpido?
Bem que podia estar a comer bolos a toda a hora e sentada no sofá, a ser um parasita que aí estaria tudo bem! Mas não, comer maçãs é que é mau, e fazer cardio é um suicídio. De facto, têm toda a razão, não é a custo zero que tal se sucede; é com muita dedicação e com trabalho que se consegue o sucesso. Neste caso, o sucesso equivale a um corpo saudável e uma mente tranquila. Felizmente, torna-se cada vez mais fácil e o que, outrora era um mártir, passa a ser o dia-a-dia. Acontece que agora, já nem ponho em questão se devo comer um pacote de bolachas ou uma peça de fruta; já não ponho em questão ir ao café ou ir às aulas de localizada, e isso faz de mim o quê? Uma maníaca, uma vidrada na forma física, que só dá valor ao exterior. Sim, dou muito, AO MEU! E se preciso disso para me sentir bem comigo é algum crime? Pronto, seja. Se muitos têm a capacidade de estar bem de outra forma, fico redondamente feliz, pois quem me dera também conseguir o mesmo. Por outro lado, acho que não é assim tão reprovável querer exigir melhor de mim e ter uma terapia onde possa relaxar, pois ao invés de chorar e gritar com os problemas, pego nas minhas barras energéticas e vou fazer uns abdominais .
Um bem-haja e resto de bom fim de semana!
Quem me conhece, ou até sabe quem sou, sabe a maníaca que sou por dietas. Amigas, padeço do que muitas de vocês padecem: da genética. Não sou magra por genes, infelizmente. A forma que tenho, e que não é a que desejo, é com muito esforço que a consigo. Tenho uma deficiência qualquer, que me tira do sério: um bolo que coma, acho que significam engordar 20 kg; um treino no ginásio que falte, acho que faz com que a minha flacidez retorne toda.
Para mim, abolia-se a celulite, a gordura, o excesso de peso: só dá trabalho, e exige sacrifícios. Porque, a meu ver, meus caros, nada melhor do que comer o que bem nos apetece e não engordar um grama. Já que não consigo, por magia, ser magra, abolia-se a capacidade de comer e não engordar! Não é justo! Todos temos essa amiga: que come que nem um rinoceronte, e é magra magra magra. INVEJA, é o que vos tenho!
E agora, sendo um bocadinho mais séria, e para todos aqueles que me apontam o dedo por comer de forma correta, e fazer exercício q.b: Colegas, não entendo a necessidade de me dizerem que o fato de não comer hidratos de carbono a partir das 15h é um radicalismo, e que bebo demasiados chás e água? E que é uma estupidez querer tanto ir ao ginásio? Então ser saudável é estúpido?
Bem que podia estar a comer bolos a toda a hora e sentada no sofá, a ser um parasita que aí estaria tudo bem! Mas não, comer maçãs é que é mau, e fazer cardio é um suicídio. De facto, têm toda a razão, não é a custo zero que tal se sucede; é com muita dedicação e com trabalho que se consegue o sucesso. Neste caso, o sucesso equivale a um corpo saudável e uma mente tranquila. Felizmente, torna-se cada vez mais fácil e o que, outrora era um mártir, passa a ser o dia-a-dia. Acontece que agora, já nem ponho em questão se devo comer um pacote de bolachas ou uma peça de fruta; já não ponho em questão ir ao café ou ir às aulas de localizada, e isso faz de mim o quê? Uma maníaca, uma vidrada na forma física, que só dá valor ao exterior. Sim, dou muito, AO MEU! E se preciso disso para me sentir bem comigo é algum crime? Pronto, seja. Se muitos têm a capacidade de estar bem de outra forma, fico redondamente feliz, pois quem me dera também conseguir o mesmo. Por outro lado, acho que não é assim tão reprovável querer exigir melhor de mim e ter uma terapia onde possa relaxar, pois ao invés de chorar e gritar com os problemas, pego nas minhas barras energéticas e vou fazer uns abdominais .
Um bem-haja e resto de bom fim de semana!
sábado, 30 de novembro de 2013
Dança a Vida!
Despidos de preconceito e unidos apenas pelo amor ao movimento, dancem...
Esqueçam o tempo, o dia e a noite... esqueçam também valores materiais e aproveitem para transparecer de vós a essência que o ser humano tem: o corpo e a mente unidos num simples gesto dançado.
"Isto é tudo uma seca porque as pessoas dançam pouco".
Esqueçam o tempo, o dia e a noite... esqueçam também valores materiais e aproveitem para transparecer de vós a essência que o ser humano tem: o corpo e a mente unidos num simples gesto dançado.
"Isto é tudo uma seca porque as pessoas dançam pouco".
terça-feira, 26 de novembro de 2013
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Iniciativa Masculina

A mulher é bicho raro mesmo. Se diz que não, é sim; e quando diz que sim, é não (ou sim). Se vos ignoram, querem que corram atrás; se querem mimos, é porque têm de o fazer. Ora, se ficam em silêncio, aí é que a coisa fica feia...
Não tenham medo de uma mulher zangada aos gritos, é inofensiva. Um bocado chata e irritante, mas ameaça mais do que realmente é capaz de fazer. Temam o silêncio e o conformismo feminino!
Se uma mulher se remete ao silêncio e aguarda tempos para uma conversa, tomem iniciativa, credo! É frustrante para nós, seres tão bonitos (e note-se que o tom de brincadeira não é sinónimo de mentira), termos de remar sempre sozinhas e levar a relação (qualquer que seja) adiante. Já a minha querida mãe me ensinou que se num barco de dois, só um remar, não se chega a lado nenhum. Mas Santa Paciência, é assim tão necessário estar sempre a dar-vos a porcaria do remo para a mão? Saltem fora ou remem, mas ajam duma vez por todas!!! De facto, é notório o meu feminismo nato, contudo, não reprova as palavras que vos dedico, porque, vos garanto, caros, grande parte das mulheres queixa-se do mesmo: que apesar do sexo masculino ter muita força bruta, falta-lhe a coragem para tomar rédeas de um assunto e colocar tudo em pratos limpos. Eu gostaria realmente de perceber o porquê de vos custar tanto iniciar "a conversa" que é preciso; o porquê de acharem sempre que não faz mal não pedir desculpa e que não tem grande importância justificarem os vossos maus atos. Meninos, as mulheres falam em demasia, é verdade, mas isso não é um defeito, é uma característica: se partem uma unha, têm de falar sobre isso; se compram uns sapatos que são um fracasso, têm de falar sobre isso... Se vocês fazem asneiras, FALEM sobre isso, porque é um aborrecimento sermos SÓ nós. E um dia, torna-se demasiado cansativo, e decidimos ficar só à espera que a maré nos guie (como vocês) e aí surge o afastamento, e "quem muito se afasta, um dia deixa de fazer falta"!
Não fiquem parados à espera que as meninas corram sempre atrás, porque, parados, só os museus; e só um a correr, que corra no ginásio.
sábado, 16 de novembro de 2013
Bichinhos de Quatro Patas
Nos dias de hoje é moda ter um parceiro de quatro patas. Até
aí nada contra. Estes pequenos seres que cá chegaram primeiro do que nós,
precisam, definitivamente de um lar. Agora passando à parte (onde me vão
apontar o dedo) que realmente interessa: meus amigos, querem um animal para se
gabarem? Comprem o ultimo grito da moda de perfumes e metam-lhe uma trela!
Comprar animais? Caes e gatos? Ferindo suscetibilidades, é
um materialismo ridículo. Investir centenas num animal porque tem uma
determinada raça, é filho de pais campeões? Não se torna pouco ético? Não falo
com certeza, nos casos em que ter determinado cão (lavradores para cegos, por
exemplo) é uma necessidade. Agora, querem que vos refira INUMEROS canis com
cães (e até de raça) para adoção? Não, credo, que isso é uma falta de gosto.
Gatis? Também não! Gabarem-se de ter x ou y e pobre coitado do animal; dorme na
rua, serve de polícia na casa. Passear o bicho? Não, que está frio, e eu já estou
de pijama. Despender de uma hora por dia para acarinha-lo no fim do dia? Não
que tenho que ver a novela, e o cão não entra em casa.
Não sou perfeita com os meus animais, é um facto, mas dou muito por eles, e abdico de muito por eles. Se a minha casa tem pêlo no local onde eles andam? Pois claro, experimentem ter um cão de 50kg e uma cadela de 14, e mais três gatos e vejam o resultado! Não gostam disso? Azar! Eles vivem comigo, e se não quiserem estar lá dentro, sempre podem falar comigo da varanda, dado que quem vive em minha casa sou eu e eles e não as visitas!
Passando a frente, vamos falar de circos a ver se me salta a tampa! Feliz ou infelizmente não tenho qualquer voto na matéria, e não posso decidir o que fazer. No entanto, se tal fosse possível, garanto a qualquer um que todo o entretenimento que envolvesse animais seria abolido. Fazer atuações para animar públicos é uma forma de vida, e para mim, até muito digna, mas, no que toca a obrigar seres cuja opinião própria não é decifrável (ou quando é, é contrariada) é reprovável. Passo a suportar tal afirmação: nenhum animal selvagem é criminoso para estar preso numa jaula, nem um doméstico para estar acorrentado; nenhum animal é feliz ao saltar por arcos de fogo, nenhum touro é saudável/feliz ao ter espigões cravados na carne. E tudo isto só para fazer meia dúzia de humanos loucos rir e aplaudir? Caros, somos racionais, dotados de inteligência e de perceção sobre o bem e o mal, e que tal aplicar tudo isso que a Mãe Natureza nos deu? Qual o poder do Homem na Terra para poder decidir por criaturas que se submetem ao nosso dispor? E porque não ser dotados de sensibilidade e consciência e acabar com essas barbaridades? Nascemos na posição fetal e assim ficamos toda a Vida, a olhar para o próprio umbigo, pensando apenas no bem de cada um, não olhando sequer, aos recursos usados (bem ou mal).
Não sou perfeita com os meus animais, é um facto, mas dou muito por eles, e abdico de muito por eles. Se a minha casa tem pêlo no local onde eles andam? Pois claro, experimentem ter um cão de 50kg e uma cadela de 14, e mais três gatos e vejam o resultado! Não gostam disso? Azar! Eles vivem comigo, e se não quiserem estar lá dentro, sempre podem falar comigo da varanda, dado que quem vive em minha casa sou eu e eles e não as visitas!
Passando a frente, vamos falar de circos a ver se me salta a tampa! Feliz ou infelizmente não tenho qualquer voto na matéria, e não posso decidir o que fazer. No entanto, se tal fosse possível, garanto a qualquer um que todo o entretenimento que envolvesse animais seria abolido. Fazer atuações para animar públicos é uma forma de vida, e para mim, até muito digna, mas, no que toca a obrigar seres cuja opinião própria não é decifrável (ou quando é, é contrariada) é reprovável. Passo a suportar tal afirmação: nenhum animal selvagem é criminoso para estar preso numa jaula, nem um doméstico para estar acorrentado; nenhum animal é feliz ao saltar por arcos de fogo, nenhum touro é saudável/feliz ao ter espigões cravados na carne. E tudo isto só para fazer meia dúzia de humanos loucos rir e aplaudir? Caros, somos racionais, dotados de inteligência e de perceção sobre o bem e o mal, e que tal aplicar tudo isso que a Mãe Natureza nos deu? Qual o poder do Homem na Terra para poder decidir por criaturas que se submetem ao nosso dispor? E porque não ser dotados de sensibilidade e consciência e acabar com essas barbaridades? Nascemos na posição fetal e assim ficamos toda a Vida, a olhar para o próprio umbigo, pensando apenas no bem de cada um, não olhando sequer, aos recursos usados (bem ou mal).
Passando à parte emocional e individual, teria de referir o
quão sou ligada emocionalmente a todas as criaturas que coabitam comigo, no
presente. Todo o amor que tenho pelos meus animais é retribuído em dobro por
parte dos mesmos. Vê-los crescer e crescer com eles, fez parte da minha
educação e tornou-se nas melhores experiências da minha vida. Por isso, consigo
escrever sobre toda a minha indignação para com os que fazem destes bichos
maravilhosos, objetos de diversão, exposição e exibição.
E para os meus lindos cães, gatos, porquinhos da india (…): amor de coração!
E para os meus lindos cães, gatos, porquinhos da india (…): amor de coração!
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
O meu direito e o teu
Ultimamente, tenho aprendido muito sobre as coisas mais
valiosas da minha vida: o julgamento, o perdão e o direito de expressão.
Acontece que estes conceitos estão realmente interligados.
Passo a explicar o meu ponto de vista:
Há, de facto, uma tendência de cada vez mais canalizar todos
os pensamentos e atitudes para o que é correto, preenchendo algumas normas de
sociedade. Concordo, exatamente com o que referi anteriormente. São necessárias
regras para conseguirmos viver em comunidade e agir para com o próximo. No
entanto, a liberdade de expressão é um assunto muito relativo. Caso, de certa
forma, se fuja a esses parâmetros (e que parâmetros) de normalidade no
quotidiano, a liberdade de expressão dispara para um nível extremamente
desagradável e, a meu ver, ridículo.
Obviamente, os Homens que sempre se inserirem nesse padrão e
se sentem confortáveis nele, não serão alvo dos “dedos apontados” por parte dos
outros, porque, simplesmente não existem, são insignificantes, uns robotizado
pela sociedade. Seguindo o meu raciocínio, o cidadão que se mostre
extrovertido, que fuja à calma que todos tentam, ou fingem, ter, com um “q” de
louco, e até com opiniões (muito) diferentes, tornar-se-á numa criatura a
abater, a ser comentada e, na maior parte das vezes, negativamente. Amá-la ou
odiá-la, será sempre uma obsessão.
Ora, no meu caso, juntar-me-ia a ele, dado que os meus
instintos me levam a tal.
É importante, no meu ponto de vista, entender que a
liberdade acaba onde a do outro começa, e que, de certa forma, o facto de
seguirmos os parâmetros que nos são incutidos, não faz de nós pessoas completas
e perfeitas, apesar de ser “obrigatório” tornarmo-nos nesse ideal.
É necessário também, entender que o que se espera de cada um
não tem de ser exatamente o mesmo. Dependendo da experiência de vida de cada
um, do momento, da forma como as pessoas se relacionam, existem assuntos que
serão sempre normais, quando associados a alguém, e tabus , quando relacionados
com outros.
Para mim, tudo se resume à capacidade de adaptação, da qual
somos dotados e da qual nem sempre fazemos uso. Uma qualidade tão apreciável e
necessária (e que até nos é dada desde pequeninos) que poucos põe em prática.
Transformam-se, então, em abutres,
doidos pelos restos que essas pessoas “fora das normas” deixam para poder
ingeri-las, tornando-os em seres repugnantes e cruéis.
Além disso, os erros tornam-se menos perdoáveis a pessoas
que nunca pisam os riscos, dado que essa atitude errada foge completamente ao
que elas são, logo, seria mais fácil de perdoar um louco por ser louco, do que
um santo por ser louco. Por isso, deixem-se lá de disparates, vivam a vossa Vida e deixem a dos outros.
"What really sucks (...)"
É realmente um erro cometido, maioritariamente pelo gênero feminino: apaixonamo-nos por alguém que sabemos que não é a pessoa certa, que não corresponde minimamente aos nossos parâmetros, e seguimos em frente com essa ideia, iludindo-nos de que há a possibilidade de moldar e mudar o parceiro ao nosso gosto, como se fosse um pedaço de plasticina. Não contraponho o facto de numa relação ter de haver um ajuste de ambas as partes, mas caras amigas, não queiram tornar um peixe numa avestruz. Por muito que se intitulem de lutadoras (e que acredito que sejam, pois também me revejo no mesmo), toda gente sabe quem ganha numa luta contra a Mãe-Natureza!
Bailarina Numa Caxinha de Música
Não poderia faltar este tema nestes pequenos desabafos que
passo para papel, sendo ele o maior motivo pelo qual a minha vida tem sentido.
Existem imensas formas de demonstrar palavras, atos,
sentimentos e até experiências. Um deles (e que me agrada muito) é a escrita. O
outro, e não o mais óbvio, mas que me dá a liberdade de expressar TOTALMENTE e
de não deixar nenhum assunto por focar: o movimento.
Desde sempre, o Homem teve ritmo no corpo: é uma sensação
primitiva, uma sensação que nasce connosco: sendo capaz de o exteriorizar (bem)
ou não. Na dança, o interessante é isso mesmo: não é só o corpo que mexe, são
as nossas emoções; é a nossa alma que deixa transparecer tudo aquilo que
guarda.
No sabor de cada passo, de cada movimento existe uma
vivência, e aqueles que executo, têm muita força, pelo menos em mim, têm. Este
modo de comunicação, é aquele que em mim, mais tem efeito. É impossível, a meu
ver, ter inimigos a dançar; aqueles que me acompanham nas piruetas, estão
amarrados a mim com um laço eterno. É esse “desporto” que me faz sentir viva,
que me faz rir e chorar, querer ir mais além e tornar os meus sonhos em
objetivos. É pela dança que não desisto, é pela música que pulsa em mim, que
respiro todos os dias e acredito sempre que o dia de amanhã será melhor que o
de hoje.
Sistematicamente, deparo-me com cidadãos mecanizados,
protocolizados com a incapacidade de entender aquilo a que me refiro. No
entanto não os julgo. A técnica aprende-se, a dança não se aprende: ou nasce
connosco ou não. Evidentemente, lamento por aqueles que nunca possuirão um
sentimento de dádiva tão grande como o que nós bailarinos possuímos. Não se
trata apenas dum “ganha-pão” saudável e agradável, trata-se duma forma de
encarar a Vida. Eu decidi dançar a vida, abrir a alma aquilo que ela me reserva
e coreografar todos os meus momentos (felizes ou infelizes) podendo prendar
todos aqueles que, pelo menos gostam de ver, com etapas que fazem parte do meu
“eu”. E é essa gratidão, o barulho dos aplausos, que indica que o sentido que
quis dar aos meus dias foi o correto.
O mundo não tem lógica sem música, não tem qualquer tipo de
interesse sem esse mistério do movimento. Uma atitude dançada, torna-se numa
atitude espontânea, intensa e credível. Atenção que a falsidade é também
“dançável”, mas não se torna por isso, pouco credível. O irónico é eu estar a
colocar em palavras o que a dança é para mim ao invés de dançar. De qualquer
forma, esse tema torna-se impossível de ser definido, dado que definir é
limitar e eu não encontro nenhuns parâmetros que me possam limitar ao executar
qualquer dança.
É de referir que quando menciono estes factos inerentes
àquilo que escolhi para a Vida, não quero com isso dizer que apenas o estilo
com o qual me identifico é aquele que torna a dança tão irresistível. Todos
temos preferências, e nada torna a minha mais importante que a de outrem. No
entanto, cabe a cada um, mostrar que de facto, o estilo que escolheram é aquele
que melhor os define e que mais eficazmente, demonstra os seres nos quais se
tornam a cada dia.
Teoricamente, a técnica faz de cada um, um bom bailarino, e
é irrefutável que um plié bem feito é bonito de se ver, gostando de clássica ou
não. E aquilo que não se vê? Pois é, caros amigos, aí entra então, o dom ao
qual me refiro. Nus de preconceitos e futilidades, o movimento fluido que sai
daquilo que nos define como essência de humano, torna-se muito mais arrepiante
do que um mortal à retaguarda com finalização de um giro em pontas.
Desafio-vos a experimentarem das maiores adrenalinas que a
Vida me proporcionou: até o coração explodir de tanto entusiasmo, e façam-no de
olhos fechados que tem outro sabor!
Terminando, não teria sequer sentido não ser bailarina,
porque eu nasci numa caixinha de música...
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Esquecer lembrando
Ando presa num assunto que me deixa sempre dividida. O
“esquecer” e “não esquecer” torna-se num hábito, nos corpos de toda gente.
Sinto, por vezes, que esse é o maior motivo pelo qual não evoluímos.
O facto de estarmos presos ao passado impede-nos de projetar
um futuro distinto e abundante de sucesso. Seja em carreiras, em relações
amorosas ou até em assuntos mais “fúteis” como forma física. Acontece que, o
que tanto fez para ser lembrado, é impossível de se esquecer totalmente, e é
uma perfeita idiotice acreditar que tal é viável.
Além disso, esquecer não é fingir que não conhece, não é rejeitar chamadas, não é
evitar ver as fotos do "antes".
Esquecer é aceitar: é receber as chamadas, falar, e ver fotos e sentir uma sensação de conforto e tranquilidade. Isto, é apenas um exemplo.
Esquecer é aceitar: é receber as chamadas, falar, e ver fotos e sentir uma sensação de conforto e tranquilidade. Isto, é apenas um exemplo.
Obviamente,
não estaremos a entrar em campos mais científicos e teóricos da psicologia em
que o esquecimento, nada mais , nada menos, se resume como o ato de esvaziar um
conteúdo da nossa memória, que não será mais acessível.
Isso
é, de facto, o que todos nós queremos. Infelizmente, e no meu ponto de vista, a
psicologia, não consegue descrever as coisas da forma “real”, neste assunto e
torna-se demasiado retilínea, quando isto é um assunto totalmente aos
ziguezagues.
Torna-se,
então, impossível falar de esquecimento quando o assunto ao qual me refiro é
uma rotina no dia-a-dia. Não, eu arrisco a falar de esquecimento aliado à
aceitação. Não será necessário privar-me do acesso a um conteúdo que tanto me
fez feliz, porque agora já não faz mais. É necessário (e isso sim), aceitar que
tal se sucedeu, analisar todas as suas consequências e enfrentá-las. Por outro
lado, nem sempre a mente nos proporciona uma rápida e fácil aceitação. O tempo
ajudará e obviamente o estímulo mental também.
Por
isso, quero então referir-me a todos os assuntos que não nos deixam prosseguir,
que nos fazem ficar entalados e presos a algo que não voltará mais a fazer
parte dos nossos dias. Esses que precisam de ser “esquecidos” para então,
poder-se atingir o sucesso.
De
forma um pouco contraditória, acho que para esquecermos, precisamos de lembrar.
E esse “lembrar”, é inicialmente associado a uma má-disposição e talvez até a uma dor subjacente. Tendo em
conta aquilo que sou e que penso e, obviamente, apoiada nas minhas vivências,
esse mal-estar associado desaparecerá, com o “amigo tempo”, maturidade e quando
tal acontecer todas essas sensações escuras, passarão a ser ora neutras, ora de
tranquilidade.
Por
fim, e sem menos importância, tudo aquilo que anteriormente me atormentava e me
causava sofrimento, transformou-se numa calma inigualável. Resta saber se
sequer isto tem valor lógico e creditação.
Pode
não ter, de facto, e até posso concordar, mas não deixa de fazer sentido
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