segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O meu direito e o teu

Esclareça-se uma coisa: quem tem o direito de julgar a vida de outrem?
Ultimamente, tenho aprendido muito sobre as coisas mais valiosas da minha vida: o julgamento, o perdão e o direito de expressão.
Acontece que estes conceitos estão realmente interligados. Passo a explicar o meu ponto de vista:
Há, de facto, uma tendência de cada vez mais canalizar todos os pensamentos e atitudes para o que é correto, preenchendo algumas normas de sociedade. Concordo, exatamente com o que referi anteriormente. São necessárias regras para conseguirmos viver em comunidade e agir para com o próximo. No entanto, a liberdade de expressão é um assunto muito relativo. Caso, de certa forma, se fuja a esses parâmetros (e que parâmetros) de normalidade no quotidiano, a liberdade de expressão dispara para um nível extremamente desagradável e, a meu ver, ridículo.
Obviamente, os Homens que sempre se inserirem nesse padrão e se sentem confortáveis nele, não serão alvo dos “dedos apontados” por parte dos outros, porque, simplesmente não existem, são insignificantes, uns robotizado pela sociedade. Seguindo o meu raciocínio, o cidadão que se mostre extrovertido, que fuja à calma que todos tentam, ou fingem, ter, com um “q” de louco, e até com opiniões (muito) diferentes, tornar-se-á numa criatura a abater, a ser comentada e, na maior parte das vezes, negativamente. Amá-la ou odiá-la, será sempre uma obsessão.
Ora, no meu caso, juntar-me-ia a ele, dado que os meus instintos me levam a tal.
É importante, no meu ponto de vista, entender que a liberdade acaba onde a do outro começa, e que, de certa forma, o facto de seguirmos os parâmetros que nos são incutidos, não faz de nós pessoas completas e perfeitas, apesar de ser “obrigatório” tornarmo-nos nesse ideal.
É necessário também, entender que o que se espera de cada um não tem de ser exatamente o mesmo. Dependendo da experiência de vida de cada um, do momento, da forma como as pessoas se relacionam, existem assuntos que serão sempre normais, quando associados a alguém, e tabus , quando relacionados com outros.
Para mim, tudo se resume à capacidade de adaptação, da qual somos dotados e da qual nem sempre fazemos uso. Uma qualidade tão apreciável e necessária (e que até nos é dada desde pequeninos) que poucos põe em prática. Transformam-se, então,  em abutres, doidos pelos restos que essas pessoas “fora das normas” deixam para poder ingeri-las, tornando-os em seres repugnantes e cruéis.

Além disso, os erros tornam-se menos perdoáveis a pessoas que nunca pisam os riscos, dado que essa atitude errada foge completamente ao que elas são, logo, seria mais fácil de perdoar um louco por ser louco, do que um santo por ser louco. Por isso, deixem-se lá de disparates,  vivam a vossa Vida e deixem a dos outros.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Carta a quem eu era quando deixei de ser.

Miúda, ela vai partir e tu vais deixar de ser filha. E eu quero-te avisar que ela vai partir esta noite. Não precisas de ir buscar o pijama ...