Ultimamente, tenho aprendido muito sobre as coisas mais
valiosas da minha vida: o julgamento, o perdão e o direito de expressão.
Acontece que estes conceitos estão realmente interligados.
Passo a explicar o meu ponto de vista:
Há, de facto, uma tendência de cada vez mais canalizar todos
os pensamentos e atitudes para o que é correto, preenchendo algumas normas de
sociedade. Concordo, exatamente com o que referi anteriormente. São necessárias
regras para conseguirmos viver em comunidade e agir para com o próximo. No
entanto, a liberdade de expressão é um assunto muito relativo. Caso, de certa
forma, se fuja a esses parâmetros (e que parâmetros) de normalidade no
quotidiano, a liberdade de expressão dispara para um nível extremamente
desagradável e, a meu ver, ridículo.
Obviamente, os Homens que sempre se inserirem nesse padrão e
se sentem confortáveis nele, não serão alvo dos “dedos apontados” por parte dos
outros, porque, simplesmente não existem, são insignificantes, uns robotizado
pela sociedade. Seguindo o meu raciocínio, o cidadão que se mostre
extrovertido, que fuja à calma que todos tentam, ou fingem, ter, com um “q” de
louco, e até com opiniões (muito) diferentes, tornar-se-á numa criatura a
abater, a ser comentada e, na maior parte das vezes, negativamente. Amá-la ou
odiá-la, será sempre uma obsessão.
Ora, no meu caso, juntar-me-ia a ele, dado que os meus
instintos me levam a tal.
É importante, no meu ponto de vista, entender que a
liberdade acaba onde a do outro começa, e que, de certa forma, o facto de
seguirmos os parâmetros que nos são incutidos, não faz de nós pessoas completas
e perfeitas, apesar de ser “obrigatório” tornarmo-nos nesse ideal.
É necessário também, entender que o que se espera de cada um
não tem de ser exatamente o mesmo. Dependendo da experiência de vida de cada
um, do momento, da forma como as pessoas se relacionam, existem assuntos que
serão sempre normais, quando associados a alguém, e tabus , quando relacionados
com outros.
Para mim, tudo se resume à capacidade de adaptação, da qual
somos dotados e da qual nem sempre fazemos uso. Uma qualidade tão apreciável e
necessária (e que até nos é dada desde pequeninos) que poucos põe em prática.
Transformam-se, então, em abutres,
doidos pelos restos que essas pessoas “fora das normas” deixam para poder
ingeri-las, tornando-os em seres repugnantes e cruéis.
Além disso, os erros tornam-se menos perdoáveis a pessoas
que nunca pisam os riscos, dado que essa atitude errada foge completamente ao
que elas são, logo, seria mais fácil de perdoar um louco por ser louco, do que
um santo por ser louco. Por isso, deixem-se lá de disparates, vivam a vossa Vida e deixem a dos outros.
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