quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Sozinha de Bengala

Tenho dois grandes medos na vida: a velhice e a solidão!
Não anseio uma longa vida, nem sou das que diz "quero só os mais próximos junto de mim". Porém, prefiro ter uma vida mais curta mas rodeada de gente que me ama, de gente agradável no meu quotidiano. Gosto de casa cheia, de risos atropelados, de carinhos entre todos, de proteção contínua, gosto de tacto e de conseguir abraçar com força e vivacidade.
É de facto avassalador, saber para onde todos caminhamos e ficarmos "preparados" para perdas, seguindo a Lei da Vida. Acontece que sou fraca nessa perspectiva, e infelizmente, sei que não suportarei na totalidade, certas perdas, certos afastamentos e ainda funcionalidades do meu próprio corpo. Tenho fobia à velhice, é verdade: imaginar-me de bengala, a descer as escadas de lado, não conseguir dançar, atormenta-me até me criar um arrepio na coluna. E passar por isso sozinha? Bem, isso tornar-me-á já numa "meia-morta" e p'ra isso não vale a pena sequer lutar. É o meu ponto de vista e até aceito que não concordem, mas tais fraquezas do meu corpo nunca serão suportadas de forma saudável pela minha mente.
Por isso aqui fica: não quero viver para sempre porque (e retirando esta passagem em INGLÊS dum filme muito conhecido-sobre o qual não opino- alvo de muitas críticas) "If you can live forever, what do you live for?"

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