sábado, 16 de novembro de 2013

Bichinhos de Quatro Patas

Nos dias de hoje é moda ter um parceiro de quatro patas. Até aí nada contra. Estes pequenos seres que cá chegaram primeiro do que nós, precisam, definitivamente de um lar. Agora passando à parte (onde me vão apontar o dedo) que realmente interessa: meus amigos, querem um animal para se gabarem? Comprem o ultimo grito da moda de perfumes e metam-lhe uma trela!
Comprar animais? Caes e gatos? Ferindo suscetibilidades, é um materialismo ridículo. Investir centenas num animal porque tem uma determinada raça, é filho de pais campeões? Não se torna pouco ético? Não falo com certeza, nos casos em que ter determinado cão (lavradores para cegos, por exemplo) é uma necessidade. Agora, querem que vos refira INUMEROS canis com cães (e até de raça) para adoção? Não, credo, que isso é uma falta de gosto. Gatis? Também não! Gabarem-se de ter x ou y e pobre coitado do animal; dorme na rua, serve de polícia na casa. Passear o bicho? Não, que está frio, e eu já estou de pijama. Despender de uma hora por dia para acarinha-lo no fim do dia? Não que tenho que ver a novela, e o cão não entra em casa.
Não sou perfeita com os meus animais, é um facto, mas dou muito por eles, e abdico de muito por eles. Se a minha casa tem pêlo no local onde eles andam? Pois claro, experimentem ter um cão de 50kg e uma cadela de 14, e mais três gatos e vejam o resultado! Não gostam disso? Azar! Eles vivem comigo, e se não quiserem estar lá dentro, sempre podem falar comigo da varanda, dado que quem vive em minha casa sou eu e eles e não as visitas!
Passando a frente, vamos falar de circos a ver se me salta a tampa! Feliz ou infelizmente não tenho qualquer voto na matéria, e não posso decidir o que fazer. No entanto, se tal fosse possível, garanto a qualquer um que todo o entretenimento que envolvesse animais seria abolido. Fazer atuações para animar públicos é uma forma de vida, e para mim, até muito digna, mas, no que toca a obrigar seres cuja opinião própria não é decifrável (ou quando é, é contrariada) é reprovável. Passo a suportar tal afirmação: nenhum animal selvagem é criminoso para estar preso numa jaula, nem um doméstico para estar acorrentado; nenhum animal é feliz ao saltar por arcos de fogo, nenhum touro é saudável/feliz ao ter espigões cravados na carne. E tudo isto só para fazer meia dúzia de humanos loucos rir e aplaudir? Caros, somos racionais, dotados de inteligência e de perceção sobre o bem e o mal, e que tal aplicar tudo isso que a Mãe Natureza nos deu? Qual o poder do Homem na Terra para poder decidir por criaturas que se submetem ao nosso dispor? E porque não ser dotados de sensibilidade e consciência e acabar com essas barbaridades? Nascemos na posição fetal e assim ficamos toda a Vida, a olhar para o próprio umbigo, pensando apenas no bem de cada um, não olhando sequer, aos recursos usados (bem ou mal).

Passando à parte emocional e individual, teria de referir o quão sou ligada emocionalmente a todas as criaturas que coabitam comigo, no presente. Todo o amor que tenho pelos meus animais é retribuído em dobro por parte dos mesmos. Vê-los crescer e crescer com eles, fez parte da minha educação e tornou-se nas melhores experiências da minha vida. Por isso, consigo escrever sobre toda a minha indignação para com os que fazem destes bichos maravilhosos, objetos de diversão, exposição e exibição.
E para os meus lindos cães, gatos, porquinhos da india (…): amor de coração!

2 comentários:

  1. Explica-me porque é que os links lá em cima me dão acesso aos sites originais e não aos do blog! E porque é que só escreves duas vezes por semana! E porque é que tiraste o botão dos comentários! Feia!

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