terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O fim de um ciclo

Até aos 4 anos, a minha mãe era minha amiga. Até aos 10, eram aqueles que partilhavam os carrinhos e as Barbies comigo.
Então cheguei à Universidade e descobri toda uma visão de "amizade" diferente. Na minha cidade, tenho a minha família, os meus amigos de sempre, o meu ninho de conforto. Aqui, no meu percurso académico, obtive aquela amizade agridoce: chegamos de todas as pontas do país com o mesmo objetivo e formamos uma pequena irmandade que finaliza esta etapa agora! Ainda hoje, emocionada e carente de palavras vejo mais um GRANDE amigo formar-se, a seguir a mim e a outros tão importantes e o sabor que me deixa é amargo.
Voltaria a repetir tudo outra vez com vocês. E saber que agora, estamos por nossa conta, sem obrigatoriamente estudarmos juntos, rirmos juntos e passar pelo ritual do "foda-se p'ra tese" juntos, deixa-me nervosa.
Descobri que a amizade é mais do que cuidar, é mesmo sem ter de haver um abraço, haver afeto. É torcermos uns pelos outros como se do nosso sucesso se tratasse, e ficar sem isto, meus amigos, arranca-me um pedaço. Descobri amizades que não poderia sequer imaginar que existissem, duma partilha brutal, dum companheirismo fraterno surreal e, ultimamente, com uma intensidade associada que me faz ter a maior gratidão de sempre por ter tido o privilégio de ter estes seres-humanos no meu caminho. Todas as forças que tenho são no sentido de fazer valer a pena este percurso, a nível profissional e acima de tudo pessoal, com pessoas que me ensinaram mais do que 30 cadeiras e com gestos que me fizeram aprender mais que um mestrado inteiro.
Tenho comigo as pessoas mais parvas do mundo, com uma sanidade mental muito questionável, o que me faz sentir em casa. São a minha casa, e eu levo-a para qualquer lado que me seja destinado. Levo uma bagagem minha, mas a deles vem comigo também, e com um compromisso de nunca deixar de ser minha até onde der. 
 Descobri a amizade que sempre quis definir como a perfeita,e é tudo menos perfeita, mas é a mais bonita que já vivi, e é essa a que levarei comigo

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Senhora Sabichona e os erros ortográficos mais comuns

Ora vamos lá:
Amante da língua portuguesa, aqui o "Genie in the bottle" decidiu dar-vos uma ajuda, porque amigos, não saber escrever na própria língua é feio, eeeeeitaaa. É um Bruno Carvalho em sunga... Porque se o "flirt" chega e já escreve "Onde é que andasses?", já 'tá tudo f***...Ai "Corassaum"...
Assim sendo:

*Onde estives-te? Onde estiveste?
A forma correta é "estiveste". Este drama do "te" tudo junto ou "-te" é muito fácil de decifrar. Coloquemos na negativa: "Onde não estiveste". SE O "TE" NÃO PASSA P'RA TRÁS É TUDO JUNTO!!!!
E agora: "Lavas-te bem?", na negativa "não te lavas bem?". O "te" passou para trás é SEPARADO!!!

*Melrro, melro. Dimenssão, Dimensão. Conssigo, consigo.
SE a letra que queres repetir está no meio de uma consoante e uma vogal: É SÓ UMA LETRA! UMA!
MELRO, DIMENSÃO, CONSIGO

*Há uma semana que não te vejo. À uma semana que não te vejo. Á uma semana que não te vejo.
SE EXPRIME UMA SITUAÇÃO DE TEMPO É SEMPRE "HÁ". Vais "à" escola, dizes "à" tua mãe. Substitui o "há"/"à" por "faz" e vê se faz sentido: Faz uma semana que não te vejo: check, é com "há". Dizes "faz" tua mãe. Não faz, é com "à".
 E a dúvida do "á" já nem entendo porque isto NÃO existe.

*Não tem nada haver. Não tem nada A VER !!!!!!!!!!
Não tem nada a ver é colocares ali o verbo "haver" criatura. Faz uma tatuagem com isto, escreve na testa: NÃO TEM NADA A VER (ainda que o mais correto seja "não tem nada que ver")

*Prontos. Pronto
Prontos estão os meus punhos para "socar" a próxima pessoa que disser "Prontos, está bem!" é PRONTO! P R O N T O!

*duzentas gramas. duzentos gramas
Se não for a grama que o burro come, a unidade de peso (grama) é um substantivo masculino (O GRAMA) e seja qual for a quantidade é flexionado nesse género: um grama, dois... QUINHENTOS.

*Quaisqueres. Quaisquer
QUAISQUERES NÃO EXISTE SUA ANTA!!!! A não ser que seja "tenho uns murros para te dar ou uns estalos. Quais queres?" o plural de "qualquer" É SEMPRE "QUAISQUER".
(esta tira-me de mim. Esta... Aaai.... Esta deixa-me louca!!!)

e por fim (por hoje): *Se eu poder. Se eu puder
Aponta aí: "quando eu PUDER", "se eu PUDER". Sempre que o "e" é aberto, é PUDER.
"Ele disse não PODER", "Ela PODER, até pode, só não quer!"

Chega! Seus Chatos!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Falta amar!

Nasci no direito de amar.
Não é uma lei, não é taxado, não é obrigatório ou proibido. Não vem em lado nenhum com livro de instruções, nem com um Sistemas Internacional de Unidades. Então porque vens tu  dizer-me como o fazer?...
Nasci com direito de dar amor e eventualmente ser retribuído. Não importa a raça, a cor, a etnia ou nacionalidade. Não importa sequer o género.
Eu amo-te porque te quero, eu amo-te porque é assim que consigo dizer-te o quão importante e imprescindível és na minha vida. E não me importa o que sejas: cão, mulher, homem, gato... Eu amo-te porque sim, porque a minha vida é melhor se tu fizeres parte dela. Qual o crime que não vejo? Honestamente, que mal isso traz à vida? À tua, à minha?
Amar em 4 paredes, amar em praça pública ou debaixo de água, não se ensina, fulmina-se. E todos sabem amar, eu pelo menos acredito e é com isso que vivo. Por vezes não chegou a hora de aceitarem tal dádiva e deixam-se importunar pelo seu oposto tão forte quanto o ódio; o preconceito. Esse veneno que tira vidas, que tira amor, que faz o mundo (redondo) ter arestas dolorosas. Mas não, nem isso mesmo te (ou me) proíbe de amar e de atingir o climax de qualquer relação de afeto que se estabeleça. Nem tu, nem merda nenhuma tem o direito de definir até onde a partilha de emoções pode ir, não ultrapassando os limites do próximo.
Nem tu, nem eu estamos aptos a julgar aquilo que não tem julgamento. Falta menos dedos apontados, falta menos rancor e pudor.
E não, não falta amor, falta amar!

Carta a quem eu era quando deixei de ser.

Miúda, ela vai partir e tu vais deixar de ser filha. E eu quero-te avisar que ela vai partir esta noite. Não precisas de ir buscar o pijama ...