Debato-me constantemente (inclusive por parte da minha família) com este assunto: religião. Encontrei-me há pouco mais de uma década a esse nível, aquando alguma formação na área da dança, onde trabalhamos algum espiritualismo e sensações de dádiva que até então, não me eram primitivas.
Como alguns sabem, eu acredito no KARMA e na dádiva de cada um. Tenho fé. Tenho fé no mundo; na força que o humano exerce sobre a matéria e que a matéria exerce sobre ele; que este será alvo dos seus atos, dado que, como diz a ciência: "nada se perde, tudo se transforma".
Desde cedo me foi incutida a religião. Fui batizada, fiz a primeira comunhão e com nada me identifiquei. Seguia os meus amigos, e simplesmente cedi às pressões sociais.
Desde cedo me foi incutida a religião. Fui batizada, fiz a primeira comunhão e com nada me identifiquei. Seguia os meus amigos, e simplesmente cedi às pressões sociais.
Neste momento, sou ateia. Isto é, não sei se ter fé no KARMA e na Vida é uma religião, de facto, porque se for, então é essa a minha religião. Sou sistematicamente confrontada com argumentos de "não existem ateus nas horas de aflição" e "não podes desacreditar que existe uma força sobre-humana que rege o teu caminho". Pois, de facto, em horas de aflição, fiz as míticas promessas de "se conseguir passar neste exame, juro que vou ao São Bentinho com uma dúzia de rosas", mas não acho de todo, que isso me comprometa para com Ele. A nossa raça precisa desses estímulos, e não é por isso que se torna católica ou algo semelhante, mas isto é a minha singela opinião.
Relativamente às forças que possam existir, para mim, são provocadas pelo Homem. É um facto que somos uma obra brilhante e que o nosso poder mental é extraordinário. É então, para mim, viável que possamos exercer forças desconhecidas sobre qualquer coisa, até porque o cérebro humano ainda é uma incógnita em muitos níveis.
Posto isto, toda gente tem o direito de decidir em que é que acredita. E se eu não critico os que acreditam em Deus (os "não-extremos"), não critiquem quem não acredita. Acho mais válido acreditarem na descendência dos macacos, do que um senhor se ter lembrado e criar um homem, e a partir da costela do mesmo uma mulher. Pessoas essas que acreditam na transformação de água em vinho são, muitas vezes, as que me intitulam de retardada quando confesso que através da meditação e do yoga, se adquire "poderes" brutais de aceitação (que não passam de fantochadas, para elas).
Trabalho arduamente para conseguir tudo o que tenho, e lamento, não dou graças a Deus. Dou graças aos meus pais, e graças à Vida que me proporcionou o facto de ser capaz! Não vou à missa, e geralmente, em celebrações, recuso-me a lá entrar, porque vai contra os meus valores frequentar um local onde não sou "bem-vinda". Não creio na igreja, nem em toda a "economia" que ela gera. Muito menos acredito em 90% das pessoas que lá vão criticar a saia curta que a mulher leva para bradar o Senhor.
Tenho uma mãe católica, avós católicos e por aí em diante. Alguns deles não vão à igreja, mas fazem os seus votos "em silêncio", têm fé, e acreditam. Essa fé, de facto "ajuda-os" e nada tenho a apontar, pois cada um usa a sua motivação da forma mais conveniente. No entanto, confesso entrar em ironias quando me "atacam" após uma cirurgia, "Querida, pede a Deus que te ajude na recuperação, e vais ver que Ele te ouve". Bem, não vamos por aí, acho mais sensato.
De qualquer das formas, não me alongando muito, não peço ajuda a Jesus, ou a Deus, ou à Virgem Maria, porque simplesmente não faz sentido para mim. Se vos dissesse para rezarem a uma vaca (sagrada na Índia) fa-lo-iam? É certo que grande parte não. Então, dado o século em que estamos, ainda tenho o direito de decidir isso.
Um bem-haja e sejam bons com o mundo. Deus não vos ajuda se souberem o Pai Nosso e de seguida criticarem meia comunidade por terem orientações diferentes vossas.
Posto isto, toda gente tem o direito de decidir em que é que acredita. E se eu não critico os que acreditam em Deus (os "não-extremos"), não critiquem quem não acredita. Acho mais válido acreditarem na descendência dos macacos, do que um senhor se ter lembrado e criar um homem, e a partir da costela do mesmo uma mulher. Pessoas essas que acreditam na transformação de água em vinho são, muitas vezes, as que me intitulam de retardada quando confesso que através da meditação e do yoga, se adquire "poderes" brutais de aceitação (que não passam de fantochadas, para elas).
Trabalho arduamente para conseguir tudo o que tenho, e lamento, não dou graças a Deus. Dou graças aos meus pais, e graças à Vida que me proporcionou o facto de ser capaz! Não vou à missa, e geralmente, em celebrações, recuso-me a lá entrar, porque vai contra os meus valores frequentar um local onde não sou "bem-vinda". Não creio na igreja, nem em toda a "economia" que ela gera. Muito menos acredito em 90% das pessoas que lá vão criticar a saia curta que a mulher leva para bradar o Senhor.
Tenho uma mãe católica, avós católicos e por aí em diante. Alguns deles não vão à igreja, mas fazem os seus votos "em silêncio", têm fé, e acreditam. Essa fé, de facto "ajuda-os" e nada tenho a apontar, pois cada um usa a sua motivação da forma mais conveniente. No entanto, confesso entrar em ironias quando me "atacam" após uma cirurgia, "Querida, pede a Deus que te ajude na recuperação, e vais ver que Ele te ouve". Bem, não vamos por aí, acho mais sensato.
De qualquer das formas, não me alongando muito, não peço ajuda a Jesus, ou a Deus, ou à Virgem Maria, porque simplesmente não faz sentido para mim. Se vos dissesse para rezarem a uma vaca (sagrada na Índia) fa-lo-iam? É certo que grande parte não. Então, dado o século em que estamos, ainda tenho o direito de decidir isso.
Um bem-haja e sejam bons com o mundo. Deus não vos ajuda se souberem o Pai Nosso e de seguida criticarem meia comunidade por terem orientações diferentes vossas.
Sem comentários:
Enviar um comentário