segunda-feira, 24 de março de 2014

29 de Outubro 2013

Percebi que te amava no dia que te deixei ir. Percebi que te amava porque quis que fosses.
Se não te amasse tanto, ter-te-ia pedido para ficares, para me iludires, para ficares "pequeno" ao pé de mim; se não te amasse tanto, levaria o meu egoísmo ao limite, aceitando o pouco que de ti dás, não querendo que aprendesses a dar mais. Amo o que me dás, amo ainda mais o que me deste e só seria possível amar no que te tornarás, se te deixasse ir.
Queria amar menos um bocadinho, mas não se ama pouco. Ou se mastiga esse sentimento que alimenta, ou mais vale nem pôr à boca. Então deixa-me amar-te muito para conseguir perder-te, e riam-se os loucos da minha insanidade que tanto de lógica tenho eu, quanto as risadas altas que dão. Mas que me deixes tu, amar-te, para te mastigar um dia mais tarde. Todo tu na tua completa essência; todo tu, louco às risadas de hoje.

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