quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

És racional  e pouco transparente. Usualmente, confundida com insensível e pouco honesta! A verdade é que sentes o mesmo que os outros, filtras aquilo que te compete e demonstras o que achas útil. Não te comprometes com sentimentalismos fisicamente visíveis, o que te torna menos adorada; ergues a cabeça face aos (falsos) julgamentos, o que te torna mais detestável.
Juntas os mil pedaços em que te fizeram e referes que nunca sequer te partiram; mostras olheiras de sono, que de facto são cicatrizes de choro. Sorris até te doer a face e ofereces gargalhadas reais a todos que te seguram inconscientemente só com a sua presença, o que de facto, a meu ver, é uma terapia bem melhor do que dar o "gostinho", a outras criaturas, de verem verdadeiramente a tua essência lastimável, no momento.
Não deixas de te dar, de amar, de abraçar, de conhecer e gostar; mas tal é visto de forma ligeiramente distorcida (ironizando). És fiel a ti mesma e optas por resolver os teus problemas silenciosamente, sem ninguém ter de "gramar" com mais zonas cinzentas, que nada de amável trazem. Não quer dizer com isto, que não precises de ajuda, no entanto, sabes pedi-la, não são precisas demonstrações sofredoras em via pública, para o fazeres.
Adepta de "se não se pensar/falar num problema, ele não existe", convences-te de que é verdade, administras em ti a tua própria terapia, evoluis enquanto humano, e superas as tuas metas emocionais.
Não seria mais fácil chorar em todos os cantos e mostrar o coração partido a meio mundo? Porque com os "tristes assumidos", o povo pode à vontade.

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